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terça-feira, 15 de abril de 2014

Nova Luta e uma nova Aurora

O tempo presente é obscuro e caótico. Reunimos nossas forças em torno de nossos objetivos em comum. Partimos para uma luta, um combate que, antes de tudo, é uma guerra contra nossos próprios vícios e entraves pessoais. Antes da luta, devemos identificar o "nós" e o "eles":  quem somos e quem são nossos aliados, e quem são os inimigos que devemos combater. Em primeiro lugar, falemos de quem somos: nós somos o levante popular contra uma sistematização escravizadora. A servidão e a submissão com ares de liberdade: esta, a mais infecciosa de todas. Quebramos nossos grilhões e agora buscamos também destruir as correntes que aprisionam os demais. 

Nosso ethos, nossa luta, consiste em tornar meninos em homens, escravos em guerreiros e subalternos em líderes. Nossa causa é o bem comum e o aprimoramento individual. O coletivo é forte apenas com indivíduos fortes, e o indivíduo é forte em meio a uma sociedade fortalecida. "Eles" são os mestres da escravidão, os novos donos de engenho e seus feitores, a elite política submissa à elite econômica, aqueles que submetem o homem à condição de mercadoria. Pois dizemos: não somos mais mercadorias, tornamo-nos guerreiros. A imagem e a bandeira de nossa luta é a figura do leão, o animal síntese da força, supremacia, coragem, determinação e do espírito guerreiro. 


Nós não somos mais pertencentes ao Estado atual, não  enxergamos a pátria atual como nosso verdadeiro lar. Vemos, em todas estas estruturas sociais e organizacionais, a traição ao nosso povo e ao nosso território. Toda esta pirâmide foi erigida e é mantida por traidores, ladrões que compõe uma elite pútrida e traidora. Não fazemos parte do "povo ideal", pois rejeitamos a política de pão e circo que nos é ofertada. Nós não fazemos mais parte do sistema ideal, do Império: somos bárbaros, somos os selvagens da era pós-moderna. Nossa causa é a construção de uma nova pátria, uma nova casa. Surge então nossa máxima, a nova casa, o novo lar, a Casanova. 

Toda essa ação é iniciada em meio à escuridão e ao caos presente. Não existe luz em meio à podridão moderna. O Sol parece ter sido submetido a um interminável eclipse total. Todas as ações são confusas, diversos grupos e bandeiras se erguem. Novos partidos políticos com velhas promessas, grupos "revolucionários" que apenas fortalecem o status quo, guardiões da síntese atual. O povo é acometido às mesmas esperanças vãs, e o positivismo que sempre nos põe como uma nação do futuro, um futuro que nunca chega e é inalcançável, completam o quadro de obscuridade atual.


Entretanto, esta situação não nos desanima. Afinal, são nos momentos mais sombrios que devemos lutar. A ação não acontece em meio à ordem e à paz, e sim, em meio à catástrofe e a batalha inevitável. Nos erguemos em meio às ruínas, e nosso objetivo não é o de evitar o colapso de um sistema já destruído e degenerado. Nosso objetivo é o erguer de uma nova sociedade e um novo homem. Enxergamos na escuridão atual o momento propício e mais adequado à ação benéfica, a resistência e a dissidência  em oposição ao sistema atual e ao conjunto de imposições das elites. Desse propósito e desse pacto surgirá uma nova aurora, onde o eclipse terá fim e novamente enxergaremos o Sol. Toda a escuridão um dia será eliminada, e nós carregaremos nossas tochas até esse momento.